sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

e esse acreditar inesgotável






a tarde avança em lençóis perfumados
e ao anoitecer adquire nome
de ilha ou vulcão
tenho os ouvidos lá fora e o coração atento
mas tu não bates  à minha porta 
e na fria vala da madrugada
ensinas ao meu corpo
a paciência, o amor 
o abandono das palavras
o silêncio 
e a difícil arte 
da melancolia





quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

as palavras ditas não serão esquecidas




encosto a minha boca no teu ouvido,
 para que as palavras não fujam.
 para que aquilo que foi dito não perca o sentido.
não quero aprisioná-las. apenas quero que elas 
alcancem o teu coração.