segunda-feira, 17 de outubro de 2016

um universo malemolente



vivo de coincidências. vivo de linhas que incidem uma na outra e se cruzam  e no cruzamento formam um leve e instantâneo ponto tão fugaz que mais é feito de pudor e segredo.  se me torno coerente e quero andar alinhada com o mundo exterior me estraçalho e me espanto!  os dias me insensibilizam . não dou pão a ninguém. só sei dar umas  palavras e me dói ser tão pobre.  dói muito ter um amor impotente.  tantas vezes me pergunto : o que me terá acontecido na idade da pedra?  algo natural não foi, ou eu não teria conservado até hoje este olhar de lado e não me teria tornado delicadamente invisível.  porém, eu ainda me renovo em palavras.   espero que se tenha renovado um pouco em mim, embora não precise....




"se eu tivesse mais 
almas pra dar
eu daria..."

Djavan

Um comentário:

Dilmar Gomes disse...

Cara amiga Margoh, belo texto poético. Gostei demais também do teor poético do texto postado em 21 de setembro. Agradeço aqui vossa visita ao meu modesto espaço. Tenhas um bom dia.