sábado, 23 de janeiro de 2016

sobre esperanças de remendo....



A noite ronrona baixinho e compõe uma geometria perfeita de enganos, oferecendo-me mãos cheias de possibilidades enquanto eu faço que acredito e me rebolo nas tessituras mornas dos lençóis, entornada de escuridão, arquejando pelo início do dia em explosões verossímeis de luz.     Tu escondes o desvario nas palavras que não escreverá e encaixa num recanto de si a frase normal, como se esta lhe fizesse cócegas para sempre.    Te desejo compungido, ao menos incomodado.   Quero que me olhes com a expressão aflita que fazem os que dão de caras com a sua maior perda mas tentam disfarçar.    Em ultimo caso, não tente questionar.    Toda minha coragem está em te deixar partir.





3 comentários:

Arnaldo Leles disse...

uAU! MUITO BOM!

UIFPW08 disse...

sante parole Brava Margot.

Rovênia disse...

O escritor precisar se desnudar para não inibir as palavras. É preciso coragem! :)