quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Os ácidos, os gumes e os angulos agudos









Outro dia eu li que no amor oscilamos entre - tudo poder ser e nada poder ser [a impossibilidade de tudo]-. É este o amor, é esta a nossa vida. Tu sabes, não sabes? Não duvide que aprendi no silêncio meu melhor tom de voz. É que eu estava a caminho de você há tanto tempo que aprendi todas as lições e as guardo de cor. Vim sem saber que estavas a minha espera. Vim de  te esperar tanto sem saber que estavas em você todo esse tempo como um desejo. Nessa trilha que percorri, foram muitos os enganos e desacreditei que pudesses passar de uma verdade só minha imaginada e vivida na vontade, apenas na vontade avassaladora de encontrar uma justificativa para ter nascido. Agora compreendi tudo. Ficar seria perder todas as incertezas e abortar o que pode para sempre ficar nas minhas entranhas. Recuso-me a ser tua para não correr o risco de um dia te perder.



4 comentários:

Arnaldo Leles disse...

Hei! Isto aí no final foi incrível!

Cidália Ferreira disse...

Margoh
Como sempre,gosto de te ler!

Beijos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

Andreia Morais disse...

O amor é tanta coisa boa!
Adorei *.*

PEQUENOS DELITOS RENOVADOS disse...

Isso é amor impecável. Forte. Extremo. Intenso.
"... recuso-me ser tua...."
Isso é lindo... e for tua não sou mais eu e não sendo eu não amo você...
BRILHANTE.... CLARICE LISPECTOR!!!