quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Qual é o problema de ser absolutamente comum?




   sim. são tão fortes as coisas! tenho palavras em mim buscando o canal. aperto o passo, e a sombra escura varre folhas minúsculas. metade despista meus passos, metade marca meus rumos, e não raro tropeço em um deles.  sorrio enternecida, sabendo que linhas finas que ninguém convidou vão traçar em torno da doçura uma trama fina de tristezas velhas, notas de rodapé do que nem chego a dizer, bordado desfiado de fios cinzentos que eu tento trazer para a luz mas que se enovela, se enrosca, como se os fios irregulares fossem a tela do que pinto e bordo, forro poído das minhas fantasias  [é quando visto esse manto cinza que eu me sinto mais nua].  porém, uma vez superada a perplexidade inicial, a desordem de outrora vai se transformando num modo muito peculiar de organização [assim são as coisas, o que em algum momento parece bagunça, na verdade é o prenúncio de que as coisas vão mudar de formato]  necessário é fazer oposição à loucura do mundo, mas sem entrar em conflito, apenas demonstrando, através de atitudes e movimentos práticos, como é que as coisas podem ser feitas.prefiro estar mais perto do chão, mais perto da verdade......





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5 comentários:

Dilmar Gomes disse...

Amiga Margoh, contemplas teus leitores com mais uma boa cronica.
Um abraço. Tenhas um bom dia.















Dan André disse...

Bom dia menina Margoh.

Gostei tanto desse conto, que voltarei mais vezes para poder conhecer seu blogue adoravel. Já estou te seguindo para me manter atualizado de suas publicações.

Beijão grande!

PS: Se gostar de poesias, visite o meu blogue que é:

http://gagopoetico.blogspot.com.br/

Fique na paz.

" R y k @ r d o " disse...

Gostei de ler...difícil de comentar

Deixo cumprimentops

Cidália Ferreira disse...

Boa tarde Margoh

Gostei do texto...Obrigada

beijos


http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

Rovênia disse...

Linda canção, um caminhar, um pensar. Sabe, somos seres comuns, pés no chão ou cabeça na lua, não deixamos de ser nada normais. É isso o que mais fascina, a nossa complexidade. De certo, somos sobreviventes a nós mesmos, os nossos maiores desafios.
[Uma ótima quinta, amiga!]