a noite é longa e a manhã não vem. transito pelo avesso dos sentidos em desarranjos possíveis e inventados. ligo a tv e a cena final de "Encontros e Desencontros" me arrepia. aquele sussurro entre os personagens, inteligível a quem assiste é a pura tradução da cumplicidade construída entre os dois durante a história. Charlotte e Bob experimentam solidões particulares em meio a uma Tóquio de neons e agitações que, a princípio, parece não afetá-los. o encontro dos dois em uma madrugada insone preenche com sentidos o vazio que eles partilham diante de suas vidas, até então, insípidas e incolores. ela, em sua juventude, vigor e beleza é o mundo que ele deseja habitar. ele, com sua experiência e inteligência é o universo que ela deseja possuir. e assim, silêncios são partilhados em uma narrativa brilhantemente orquestrada por Sofia Coppola. em um jogo de antíteses, completudes são construídas na relação carinhosa que parece alimentar a vontade de movimentar suas vidas, até ali, estáticas. o filme termina, mas seu gosto saboroso permanece latente no modo como me faz refletir sobre tantas coisas como solidão, silêncio, identidade, escolha, vontade e projeto de vida. aquele sussurro do final, parece ressoar em meus ouvidos como uma melodia, cujos acordes repetem sem cessar " it's good, so good, it's so good "
sábado, 6 de julho de 2013
Quero o que mais me dá vontade, e quero vontade pra prosseguir
a noite é longa e a manhã não vem. transito pelo avesso dos sentidos em desarranjos possíveis e inventados. ligo a tv e a cena final de "Encontros e Desencontros" me arrepia. aquele sussurro entre os personagens, inteligível a quem assiste é a pura tradução da cumplicidade construída entre os dois durante a história. Charlotte e Bob experimentam solidões particulares em meio a uma Tóquio de neons e agitações que, a princípio, parece não afetá-los. o encontro dos dois em uma madrugada insone preenche com sentidos o vazio que eles partilham diante de suas vidas, até então, insípidas e incolores. ela, em sua juventude, vigor e beleza é o mundo que ele deseja habitar. ele, com sua experiência e inteligência é o universo que ela deseja possuir. e assim, silêncios são partilhados em uma narrativa brilhantemente orquestrada por Sofia Coppola. em um jogo de antíteses, completudes são construídas na relação carinhosa que parece alimentar a vontade de movimentar suas vidas, até ali, estáticas. o filme termina, mas seu gosto saboroso permanece latente no modo como me faz refletir sobre tantas coisas como solidão, silêncio, identidade, escolha, vontade e projeto de vida. aquele sussurro do final, parece ressoar em meus ouvidos como uma melodia, cujos acordes repetem sem cessar " it's good, so good, it's so good "
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8 comentários:
" it's good, so good, it's so good "
MEEEEEEEEEEEEEEESMO!!! Lindo! beijos, chica
Margoh, tua narração poética do enredo deixou-me desejoso de ver o filme. De repente irei procurá-lo.
Um abraço. Tenhas um lindo fim de semana.
Linda narrativa... Gostei muito de ler
Desejo um Sábado muito feliz com muita Paz e muito amor
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Querendo, visite(m)
http://pensamentosedevaneiosdoaguialivre.blogspot.pt/
Oi querida
Gostei dos seus escritos e curiosa fui ver seu outro blog e lá deixei meu comentário
Um bom sábado
Beijos
Lua Singular
Bom dia Margoh... uma bela narração para uma noite que muitos de nós já experenciamos.. se bem que eu não sou muito de madrugar na tv não rsrs bjs e lindo dia
Olá Boa tarde!
Um belo texto! Não vi o filme mas fiquei curiosa. Vou procurar...
Bom fim de semana.
Abraços.
Olá.
Passsei para te desejar um domingo, agradavel.
Abraços.
Fiquei com vontade, muita vontade de assistir, só para ouvir o sussurro e o silêncio. Dica boa é quando nos atira vontade. Ponto para você, dona de toda a sensibilidade! Beijos!:)
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