sexta-feira, 14 de junho de 2013

Ventania que levite dores

(Foto: Jamie Beck)
nevou num tempo em que o calor havia cessado. um sussurro ecoou nos quatro cantos e naquele instante veio um lapso de luz - poesia para dias de espanto  e paraísos que inspirem quimeras - no vazio daquele instante verdadeiro . vê. e quando não, imagina, o olhar sempre delata no alcance o tamanho de quem o possui .  e na palidez de uma manhã desnuda as horas deste longo outono,  carregadas de folhas, ventos e rostos curvados ao chão cuidam de acolher a paixão.  ela não se queixa. sempre haverá amor a engravidar alvoradas...


4 comentários:

Rovênia disse...

Sinto-me bem em passar por aqui, que o amor, sempre o amor, engravide os amanheceres. Sigamos felizes, no equilíbrio que é possível. Bom fim de semana, querida Margoh!

Benno disse...

tenho um texto que fala da gravidez da natureza, chamado o inverno, a gestação da primavera - eu gosto dele. é uma imagem linda a que colocou - a manhã é a concepção de um novo dia, é uma delicia ver cada dia como um novo dia ao invés do mesmo dia que se repete. A gente pode fazer tudo diferente, pode sonhar até em fazer qualquer coisa, quem sabe um dia se proponha a cometer uma loucurinha bem gostosa. A sua vontade só é limitada pela vontade do outro, se não for contra a vontade ou liberdade de alguém a gente pode tudo.

Crista disse...

Fiquei de boca aberta de espanto...encontrar essa belezura era de se esperar,mas nunca penso que sempre será assim...lindo demais o que escreves!

Unknown disse...

Lindo texto. Me transmitiu uma suavidade, uma leveza, algo como uma sensação boa de paz que nessa sexta-feira exaustiva,veio como uma dádiva. Bom passar por aqui.

Bjs