quinta-feira, 27 de junho de 2013

Fuga para dentro


palavras
quando próximas, me puxa
quando distantes, me assusta
passa passando...
[uma busca constante]
sem graça por enquanto
deságua
[a melancolia é líquida
e possui intensidade de um riacho]
palavras,
é no indescritível que minha relação com elas se explica,
e tal constatação torna tudo ainda mais inexplicável,
 pois é através delas que tento explicar-me, e para mim
palavras,
disfarçam as poucas lágrimas
para uma represa de prantos







6 comentários:

Nádia Santos disse...

Muito lindo e profundo. Bjus amiga.

Duarte disse...

Palavras que, perfumadas, soam bem,
senão causam dor, e também desdém.
Quando escritas, e ademais em rima,
podem fazer com que suba a estima.

Aquele abraço, amiga poeta

Crista disse...

................
" pois é através delas que tento explicar-me, e para mim
palavras,
disfarçam as poucas lágrimas
para uma represa de prantos"

Magnífico!!!!

Pedro Coimbra disse...

As palavras são tantas vezes o nosso melhor refúgio, a nossa protecção, Margot.
BFDS!!

Benno disse...

seriam as palavras
um fluxo constante ou impávido estandarte?
a mistura granulado ou granito gélido?
coração pulsante ou morte?
o azar ou a sorte?
talvez nada disso
talvez tudo isso
talvez outra coisa
depende da hora e dos espírito do momento
mas agora, acho que de calar é o momento

Yasmine Lemos disse...

Emoção pura Margoh. As palavras cortam,aconchegam e matam.ador tu.
beijo grande
p.s; eu, medonha nos protestos rss