segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

faça luz onde há involução




´tentei
rasguei sua alma 
e pus no fogo
não assoprei
não relutei
os buracos que eu cavei
não quis rever
mas o amargo delas
 resvalou em mim
não me deu direito
 de viver em paz´



as palavras - vanessa da mata






desmantelo
-eis uma palavra terna, mesmo desarrumando tudo.

monturo (descobri na bíblia)
 -um monte de coisas velhas, sujas, líricas.

desmazelo
-palavra ingrata, cheira a abandono.

sinestesia
-a cor do som.

trenhada
- vocabulário mineiro, quer dizer: um amontoado de coisas inúteis(ou não).

maxacá
-vocabulário do sertão, quer dizer: sem jeito, desajeitada.

Amor
 palavra muito dita, com rimas pobres,
mas pode-se achar para ela uma rima toante,
com vogal aberta, não menos pobre: só.



[cada língua dá um nome para o que dá água na boca. difícil é traduzir o que te deixa sem palavras...]


4 comentários:

Unknown disse...

Li e reli o primeiro poema e não sei se consigo dizer alguma coisa que o mesmo me tenha dito.

Parece que me atravessou um sopro rasgando-me em pedaços.

Tempo que foi e não voltará. Pedaços que andarão dispersos.

Sol disse...

respirar, e sentir que a vida ainda te incomoda..

bjs.Sol

Sónia M. disse...


"cada língua dá um nome para o que dá água na boca. difícil é traduzir o que te deixa sem palavras"

Depois de ler isto, saio em silêncio
(mas com um sorriso nos lábios)

Deixo um beijo
Sónia

Thamires Figueiredo disse...

Fiquei sem palavras!