segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

ferimentos de palavras são incuráveis??




eu tenho uma janela
com venezianas
onde espio o mundo

por trás das minhas costelas
ainda menina
seguro meu coração
entre as mãos

muda e apreensiva…



.
fui esquecida na porta do colégio, tinha 5 anos eu acho. fecharam o portão e fiquei ali. me sentindo a última e mais coitada das crianças, até hoje, vez ou outra me bate o mesmo desamparo  a impressão de que quem devia me buscar  esqueceu…

(tive pesadelo.acho que tenho febre...sinto calafrios)
.

13 comentários:

chica disse...

Palavras fortes, lindas e esse sentimento é triste, de verdade...Incrível!

beijos,tudo de bom,chica

chica disse...

Com o link dá! E agora aceitou bem... Ainda bem! beijos,tudo de bom, obrigadão!chica

Dilmar Gomes disse...

Margoh, lirismo intenso e tenso!
Um abraço. Obrigado por ires ao meu espaço. Tenhas uma linda semana.

Daiane Oliveira disse...

Aqui cheguei por engano
Pelo engano seu
Não é que amei?

Fiquei com o coração na mão
Menina também com a sensação
De ter sido esquecida

Bj.
Lindo.

Milene Lima disse...

Eu também cheguei a ficar algumas vezes sozinha na escola e era mesmo horrível... Parecia que o mundo todo existia e esquecera de mim.

Muda, apreensiva... Mas tudo isso há de ir embora, quando uma nuvem generosa carregar tudo pra longe.

Abraço bem grande, Margoh.
Fique bem.
Beijo!!!

Yasmine Lemos disse...

Meu beijo e carinho

Leninha Brandão disse...

Minha querida Margoh,

Não são incuráveis, basta um curativo de carinho, uma compressa de bem querer e uma sopa de letrinhas com a palavra amor...

Bjssssss e um carinho,
Leninha

Anajá Schmitz disse...

Que bom, pelo menos nas palavras podemos fazer desabafo. Agora me senti culpada, meu marido viva esquecendo nosso filho nos lugares, minha irmã uma vez se esqueceu de mim numa casa de uma amiga, me senti tão envergonhada, até hoje cobro dela esse esquecimento.
Bjos tenha um feliz natal e que no próximo ano compartilhamos mais poesias.

PAULO TAMBURRO. disse...

MARGOH,

sou seu mais novo seguidor e a agradeço muito, por ter passado pelos meus blogues de humor.

Grato mesmo!!!

Seu texto é muitissimo emocionante e mexe com os nossos contornos de afetividades que passam a exalar forte fragâncias de nostalgias e pesares.

Verdade, MARGOH!

Quando somos crianças costumamos machucar o corpo, quebramos cabeça, braços, enfim...

Ao crescermos, apenas algumas cicatrizes nos lembram desta fase e tudo então, supera-se.

No entanto, quando estas feridas que trazemos da infância são da alma, aí nenhuma cicatriz visivel, mas, apenas, dores eternas destas tristes lembranças.

Lindíssimo o texto que lí.

Um abração carioca.

Sol disse...

lindo poema real!..
forte..sensação pra vida inteira..
parecida com o amor quando nos esquece do lado de fora do coração..

bjs.Sol

matando saudade!!!

Jullio Machado disse...

Intenso. A maioria das coisas que você escreve tem essa vertente.

Um B no teu coração; coração esse que parece ser de ouro.
Ótimos dias! (fé'licidades!)

Majoli disse...

Minha linda, pode parecer incurável, mas não o é...vai passar, acredite.

Deixo o meu mais terno carinho, meu ombro amigo e um abraço apertado.

Cuide-se!
És tão especial...

mム尺goん disse...

clarice por clarice


Antes de me reconciliar com o processo da vida, no entanto, sofri muito, o que poderia ter sido evitado se um adulto responsável se tivesse encarregado de me contar como era o amor. [...] Porque o mais surpreendente é que, mesmo depois de saber de tudo, o mistério continuou intacto. Embora eu saiba que de uma planta brota uma flor, continuo surpreendida com os caminhos secretos da natureza. E se continuo até hoje com pudor não é porque ache vergonhoso, é por pudor apenas feminino.
Pois juro que a vida é bonita.”